Na Vanguarda da Actualidade

  Chegámos àquela altura do ano em que toda a gente já só está com a cabeça posta nas férias de Natal, no Ano Novo, e claro, no clássico de ontem. Um jogo repleto de especulação, elogios e insultos fáceis: o Sporting-Nacional, que fez questão de mostrar aos espectadores a elegância do desporto rei.  Outra partida moderadamente interessante envolvia os dois galácticos do futebol mundial. Real e Barça, Mou e Pepe, Messi e Ronaldo tentavam apresentar argumentos  que justificassem uma vitória sobre o principal. Uma apologia que acabou por ser ditada por um ressalto na juba do Marcelo traindo assim o Casillas que ainda viu a bola a bater no poste direito. Não consigo deixar de pensar que tudo teria sido diferente se não fosse aquele golo fortuito. 

 Por fim, chego à partida menos relevante de ontem disputada pelo Porto e Beira-Mar. O Rego estava  bem hidratado,  não deixando entrar nada numa prestação brilhante na primeira meia-hora. Zhang, provavelmente o melhor jogador chinês da actualidade, a provar a sua produtividade imensa num cabeçeamento à queima-roupa.  E quando parecia que o jogo estava sentenciado a favor do Porto, eis que aparece Hélio, o elemento mais leve da equipa, o homem cujo medo não é uma coisa que lhe assiste,  não hesitou em cair ,outra vez, frente a uma grande oportunidade. 

 Em fim, uma jornada cheia de sacrifícios e emoção, muito semelhante ao discurso da ministra italiana.

 

publicado por Francisco Ravara às 17:40 | link do post

 Nos tempos que correm, não é segredo nenhum que a fama é ambicionada por muita gente, a simples acção de ser reconhecido na rua é perseguida à exaustão, uma perseguição que precisa de travões de disco.

 Steve Jobbs, pouco antes da sua morte, deixou bem claro que a sua fonte de orgulho próprio não era a fama, ou o dinheiro, mas sim a sensação de dever cumprido, fazendo algo sensacional nunca antes conseguido até então. É este exemplo que deve ser seguido, porque a fama, é no fundo, uma partilha da própria vida, que se for sem sentido, não tem qualquer valor.

 Também é de realçar que a fama tem prazo de validade. Funciona como um computador novo que, ao princípio, abre-nos para o mundo, até já só nos dar problemas que deviam ter ficado no ícone da reciclagem.

 No fundo, toda esta importância  e espectacularidade dada à fama não passa dum dogma que tem que ser quebrado. A fama tem que ser encarada com um efeito secundário do sucesso, por isso, saiam da Casa dos Segredos e façam algo de útil.

 Eu sei que hoje era dia de Futebol de Fato e Gravata, mas a vergonha realizada pelos dirigentes desportivos e respectivos adeptos deixaram-me sem palavras.  Somada ao facto da "importância dada ao reconhecimento do grande público" fazer parte dum exercício de português para amanhã...

publicado por Francisco Ravara às 18:00 | link do post

 Visto que o slogan do nosso blog intitula-se de Na Vanguarda da Actualidade, eu não estou a ser competente quanto a esta matéria. E por isso tenho que admitir... que sou extremamente bonito. Não, agora falando a sério, vou definitivamente ter que aumentar a minha produtividade.

 Mudando de assunto, hoje estava a vasculhar o Record na minha banca mais próxima e reparo numa notícia interessante "Sérgio Ramos deixa de usar brincos". Esta boa nova pôs-me a pensar: Eu hoje marquei dois golos, fiz um passe rasgado que resultou numa assistência e ainda escrevi um post, coisa que não acontecia à muito. No entanto, o inevitável vai acontecer e a notícia que vai aparecer no jornal não é a de que o Francisco marcou dois golos, fez uma assistência e escreveu um post. Em vez disso, o título dos jornais vai ser "Casillas muda fuzilhão do seu novo cinto da Lacoste". 

 

publicado por Francisco Ravara às 18:24 | link do post

 Muitas vezes questionamo-nos se aquilo é arte, se aquele quadro pintado de vermelho e com umas figuras geométricas desfiguradas é arte. "Ah, o quadro simboliza um pouco da depressão que o pin...." Porque é que o pintor não representa a sua depressão em perspectiva isométrica, por exemplo? Porque é que ele não guarda a depressão para si, em vez de fazer pouco de quem trabalha?

 Havia uma pintora que pintou mil copos por dia para a inauguração de uma loja qualquer dos Estados Unidos. E  como é que pintava 1000 por dia?

Colocava os copos todos em fila e depois começava deitar bocados de tinta para cima deles ao "calhas". E depois dizem-me " Até tu fazias isto?" Claro que não fazia. Primeiro, é ridículo, depois era um desperdício de copos de água e há pessoas a morrer de sede, e depois não recebia nada. E a pintora só não recebe uma nota de 100.000 euros porque não existe. Enquanto eu recebia logo uma negativa a E.V. Eu aceito que digam que a arte é subjectiva e por vezes não é susceptível a algumas pessoas, mas não me venham com um quadrado mal feito numa tela vermelha que não vou discutir isso.

publicado por Francisco Ravara às 20:02 | link do post

A nuvem de cinzas que se originou na Europa trouxe muitos malefícios que eu diria que são chatos. Acho muito bem que tenha atrasado o concerto do MIKA, mas agora meter-se com o futebol é que não. Dizem que os jogos da Champions em princípio não vão ser adiados mas não tenho bem a certeza se vai ser assim. É que  tudo o que é meias-finais de competições europeias eu gosto de ver em directo e em exclusivo na casa do meu vizinho sem complicações, nem interrupções.  Depois uma pessoa não pode estar sossegada a ver o jogo do Inter-Barcelona porque a meio da transmissão passa uma nuvem de cinzas à frente da câmara da SPORTV. É que ainda por cima as cinzas provêm dum vulcão da Islândia. Para que é que a Europa precisa da Islândia? Até parece um país inocente mas depois vem-se meter  com os aviões. Aposto que a Islândia nem tem equipas de futebol. Se tivesse, o vulcão pensava logo duas vezes antes de explodir lava como este post expele parvoíce.

publicado por Francisco Ravara às 22:20 | link do post

 "A Justiça  neste país não funciona".   É das frases mais ouvidas na época contemporânea, em Portugal. Não percebo porquê.

 Ontem, estava sentado naqueles bancos do Galeto desconfortavelmente afastados da bancada, quando na SIC, oiço uma notícia  sobre um homem que ia ser julgado no dia seguinte, por ter roubado um pacote de amêndoas no valor de dois euros. E, enquanto mastigava, saboreava e avaliava de um a dez o meu suculento hambúrguer, subiram-me à cabeça alguns pensamentos que rapidamente ocuparam o lugar da minha indecisão entre o 7 e o 8. "Será que vou ser julgado se não deixar gorjeta?", Será que Portugal está-se a tornar numa Finlândia, mas ainda mais extremista?" Será que a SIC foi comprada pela PT nesse mesmo segundo e a notícia serve só para desmascarar mais um escândalo político?"

 E passado algum tempo de reflexão, cheguei à conclusão que o hambúrguer merecia um 8, a notícia, um três, e a Justiça portuguesa talvez merecesse um 2.

 

 

publicado por Francisco Ravara às 22:53 | link do post

 Os olhos estão todos postos no Haiti, mas o Haiti ainda não está a postos. E é bom saber que a ajuda vai chegando, e que as nações unidas, e as nações não unidas pelas nações unidas mas unidas indirectamente vão se unindo em relação a este assunto muito sério. Toda a gente tenta ajudar, de uma maneira ou de outra, directa ou indirectamente.

 Até no desporto: os tenistas fazem a campanha Hit  for Haiti na Austrália, e existem outras no futebol.

 Fala-se imenso em desgraça e em guerra mas quando um país precisa de ajuda, os povos ajudam-se um aos outros, e ao passar do tempo temos vindo a melhor no que diz respeito à ajuda e solidariedade. 

publicado por Francisco Ravara às 22:21 | link do post

 Há uns dias atrás, acordei a meio da noite. Não, não foi por causa do terramoto e também não estava a ter um pesadelo  com o novo CD dos DZRT. Estava com frio. Estaria a mentir se dissesse que abri a janela do meu quarto para ver se estava frio pois ela está estragada e se eu a abrisse teria que chamar o INEM, que pelo que ouvi nas notícias havia quarenta por cento de hipóteses de não atenderem. No dia seguinte, tive que usar o meu casaco com quase 50 cm de espessura que estava no fundo do armário cheio de pó.

 Mas onde é que está o aquecimento global quando precisamos dele? Só faltava o Jorge Amado dizer que ele está a brincar às escondidas.

 Antes era só o aquecimento a óleo do meu quarto que não funcionava, agora anda o aquecimento global a brincar às escondidas.

 Como diz o Tim dos Xutos "Às vezes aqui faz frio" ou assim uma coisa parecida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Francisco Ravara às 23:17 | link do post

  Muitos de nós gostaríamos de levar à justiça algumas pessoas. Sejam elas corruptas, mafiosas, corruptas e mafiosas. Mas há poucos que tenham escrúpulos ou que não tenham consciência dos actos para o fazerem. Ouvi dizer nas notícias que o homem que deformou a cara do Berlusconi tinha algum problema mental. Concluíram, então, que esse acto não foi pensado e estava relacionado com a tal deficiência mental. Eu concluo que, uma pessoa mesmo sendo psicologicamente limitada, consegue perceber que o Berlusconi é corrupto, mafioso, ou corrupto e mafioso.

 

Bem, agora espero que a máfia Napolitana não ande atrás de mim...

 

 

 

 

publicado por Francisco Ravara às 21:24 | link do post

 Quando somos miúdos, queremos todos ser o Cristiano Ronaldo. Mas eu conheço um treinador de ténis do Porto que me deu outra "perspectiva de olhar para os nossos objectivos". Devemos começar com baixas expectativas. Vou dar o exemplo do Zé que quer ser como o Cristiano Ronaldo. Primeiro, tentamos atingir um Veríssimo (o defesa central do Fátima). Depois tentamos atingir o nível do Bynia (o que faz pouco, é caceteiro, faz lançamentos de linha lateral para a área com o pé esquerdo levantado, e pinta o cabelo de amarelo). De seguida, seguimos para um Nuno Gomes (ser a popular Maria Alice, arranjar bem o cabelo com uma fita e fazer anúncios para a liga Sagres). Quando pensarmos em verdadeiramente jogar futebol vamos para um Nuno Assis(o que tem uma boa qualidade técnica, a tradicional fita para o cabelo, e umas drogas ao intervalo).  Continuamos a caminhada, e agora passamos a um estilo Luisão (um bagaço ao pequeno almoço e o que acompanha o Coentrão às idas ao cabeleireiro). Se tivermos sorte, ao longo da carreira, chegamos ao tão ambicioso nível do Cristiano Ronaldo e aí podemos dizer "Eu uso Linic" com toda a pinta do mundo quando na realidade usamos o gel da Shockwaves.

 

Mas há também a "perspectiva de olhar para os nossos objectivos" do Jorge. Chama-se a perspectiva do "Ah...Foi sem querer." Ou seja, tentamos alcançar um estilo comercial, tipo Dan Brown, mas entretanto esquecemo-nos das vírgulas e chegamos a um José Saramago.  Há quem ache que por trás deste post há uma crítica a não sei o quê (como tendem a pensar os intelectuais, mas não, estou só a explicar a teoria do Jorge).

 

Se quiserem outra "perspectiva de olhar para os nossos objectivos " mais tradicional deixo-vos  com uma frase do meu velho professor Valadas " Não conheço ninguém com sucesso que não tenha trabalhado muito e que não tenha feito muitas equações."

 

publicado por Francisco Ravara às 22:52 | link do post
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