Chegámos àquela altura do ano em que toda a gente já só está com a cabeça posta nas férias de Natal, no Ano Novo, e claro, no clássico de ontem. Um jogo repleto de especulação, elogios e insultos fáceis: o Sporting-Nacional, que fez questão de mostrar aos espectadores a elegância do desporto rei. Outra partida moderadamente interessante envolvia os dois galácticos do futebol mundial. Real e Barça, Mou e Pepe, Messi e Ronaldo tentavam apresentar argumentos que justificassem uma vitória sobre o principal. Uma apologia que acabou por ser ditada por um ressalto na juba do Marcelo traindo assim o Casillas que ainda viu a bola a bater no poste direito. Não consigo deixar de pensar que tudo teria sido diferente se não fosse aquele golo fortuito.
Por fim, chego à partida menos relevante de ontem disputada pelo Porto e Beira-Mar. O Rego estava bem hidratado, não deixando entrar nada numa prestação brilhante na primeira meia-hora. Zhang, provavelmente o melhor jogador chinês da actualidade, a provar a sua produtividade imensa num cabeçeamento à queima-roupa. E quando parecia que o jogo estava sentenciado a favor do Porto, eis que aparece Hélio, o elemento mais leve da equipa, o homem cujo medo não é uma coisa que lhe assiste, não hesitou em cair ,outra vez, frente a uma grande oportunidade.
Em fim, uma jornada cheia de sacrifícios e emoção, muito semelhante ao discurso da ministra italiana.