Quando somos miúdos, queremos todos ser o Cristiano Ronaldo. Mas eu conheço um treinador de ténis do Porto que me deu outra "perspectiva de olhar para os nossos objectivos". Devemos começar com baixas expectativas. Vou dar o exemplo do Zé que quer ser como o Cristiano Ronaldo. Primeiro, tentamos atingir um Veríssimo (o defesa central do Fátima). Depois tentamos atingir o nível do Bynia (o que faz pouco, é caceteiro, faz lançamentos de linha lateral para a área com o pé esquerdo levantado, e pinta o cabelo de amarelo). De seguida, seguimos para um Nuno Gomes (ser a popular Maria Alice, arranjar bem o cabelo com uma fita e fazer anúncios para a liga Sagres). Quando pensarmos em verdadeiramente jogar futebol vamos para um Nuno Assis(o que tem uma boa qualidade técnica, a tradicional fita para o cabelo, e umas drogas ao intervalo). Continuamos a caminhada, e agora passamos a um estilo Luisão (um bagaço ao pequeno almoço e o que acompanha o Coentrão às idas ao cabeleireiro). Se tivermos sorte, ao longo da carreira, chegamos ao tão ambicioso nível do Cristiano Ronaldo e aí podemos dizer "Eu uso Linic" com toda a pinta do mundo quando na realidade usamos o gel da Shockwaves.
Mas há também a "perspectiva de olhar para os nossos objectivos" do Jorge. Chama-se a perspectiva do "Ah...Foi sem querer." Ou seja, tentamos alcançar um estilo comercial, tipo Dan Brown, mas entretanto esquecemo-nos das vírgulas e chegamos a um José Saramago. Há quem ache que por trás deste post há uma crítica a não sei o quê (como tendem a pensar os intelectuais, mas não, estou só a explicar a teoria do Jorge).
Se quiserem outra "perspectiva de olhar para os nossos objectivos " mais tradicional deixo-vos com uma frase do meu velho professor Valadas " Não conheço ninguém com sucesso que não tenha trabalhado muito e que não tenha feito muitas equações."