Na Vanguarda da Actualidade

Two Friends

 

 Two friends. Just friends, no further interpretations should be taken when analyzing the consequences of these two inconsequential lives. A light analysis, just like the life of our first companion: Trochee.

 

 He lived a light life and was heavy drinker. Unfortunately this habit of his didn’t come as a surprise to his friends and relatives. You see, the Trochee family had always suffered from severe bi-polarity since the very beginning of time, constantly alternating between a stressed and an unstressed attitude towards life. But do not get me wrong, his vice wasn’t liquor per se; his poison was words. From dusk til dawn, away he drank, tasting and savoring every letter of every syllable of every word. He read everything he could and everything he thought he should. From Augustini to Zola, he spent his days binging away dots and lines, thoughts and rhymes, though poetry was what really caught his eye.

His friend realized the gravity of his problem and decided to force him to join Alcoholics Anonymous. Little effect did this have on poor trochee, for whenever the 12 step program was mentioned, all he could think about was Elliot’s Prufrock and its 12 opening lines sent from heaven. But his dear old friend did not give up on him and took a more dramatic approach. For every time he quoted Shelley, he’d get a punch in the belly; every time Keats was mentioned, a slap in the face was to rid him from his tension; and whenever Keats’ name was to be heard by the house’s walls, you can be sure he’d get a kick in the… nostrils. It was evident that Trochee was forever doomed to live this life of odes and sonnets, yet a life that he never regretted.

 

 Dactyl had a different type of issue. Emphatic in the morning but relaxed in the afternoon and evening, this was how he walked about, but soon realized that poets did not use him often and instead took an easy way out. He thought poetry was overrated and had too much glory, preferring the company of traditional books that could tell an actual story. However, while Trochee had several small pieces of paper filled with poems which could be carried around with ease, Dactyl’s addiction was heavier on the mind and especially on his back (just look at War and Peace). Though always standing firmly, some say he was perhaps too proud, yet never to me; for I could never judge a man for his excitement to show an early edition of The Old Man and the Sea or any other overvalued book which value I tend to disagree, even though sometimes I could get these for free. But that’s just me.

 

 These two stayed up until late at night, each one defending their one passion with as much heart and soul as it was humanly possible. These arguments seemed endless, they always came up with new points and new ways to praise their art and attack the other one’s literary sweetheart. Therefore, no one could have ever guessed that they would ran out of things to say one fatidic day. Yet, it happened. One day when they woke up, there were no more words. Thoughts couldn’t be expressed. Things didn’t rhyme. Sentences were short. Nothing seemed to fit. They tried to right, but they couldn’t get anything write. Who was to blame? I’ll tell you whom, us. We just stopped trying. I too am a culprit of this, but I am here to redeem myself.

 

 For I am willing to keep on reading my Sartre and my Seuss and letting literature be my cerebral masseuse, punching and fighting through empty pseudo-intellectual writing which some may accuse me of hypocritically criticizing for I “have tainted this paper with shallow name-dropping and turned rhymes into boring monotony” which for me is as dull as monogamy. But by having these words on print, I am solemnly swearing to never stop trying to make up characters and use rhyme in my day-to-day actions. So I ask you, if you are at home because your ill, or you had a long day at the mill, or your just upset because you have to pay an expensive bill, I beg you: raise a glass to our friends Trochee and Dactyl.

 

 

 

 

publicado por Sebastião Marques Lopes às 23:24 | link do post

 Há quem me pergunte se eu sou, e passo a citar: "Um gajo da noite". Começo a minha resposta por dizer, com um tom brincalhão, que realmente sou "uma pessoa de muitas coisas", mas que não sou "um gajo de nada". Este comentário é geralmente recebido com algo que me informa explicitamente, que a minha piada não foi bem recebida: um sorriso penoso. Ignoro o meu comentário "humorístico" não conseguido e avanço para a segunda parte da minha resposta, que é algo parecido com "Não". Alguns dias mais tarde, descubro que esse gandulo tinha ido sair naquela mesma noite e que aquela pergunta tinha sido uma introdução para um convite para participar na dita. Depois de cerca de 27 cabeçadas na parede, penso na razão pela qual eu respondo sempre daquela forma à pergunta. Obviamente que sei que é por não gostar de muita agitação e barulho à minha volta, mas não percebo também porque é que ninguém me pergunta o inverso. Imaginem que o post começava assim:

 Há quem me pergunte se eu sou, e passo a citar: " Um gajo do dia". Eu digo que sim e de seguida, esse indivíduo convida-me para um brunch no sábado com mais uns tipos lá do futebol. Das 3 vezes que tivemos matinés deste género, foram tardes muito agradáveis e comemos uns ovos e um filet mignon muito gostosinhos.

 O post não seria muito mais engraçado? Bem, provavelmente vocês achariam que não. Mas, embora vocês já saibam, eu não sou igual a vocês. Um gajo diurno como eu não é "fixe" o suficiente para compreender "gajos (e desculpem o machismo) gajas da noite". Fico-me pelo filet mignon.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 19:11 | link do post

 Confesso que sou um fascista gramatical. Eu sei que esse estatuto demonstra um fraco nível de tolerância, mas é mais forte que eu. Não consigo ficar quieto enquanto oiço uma pessoa a dizer " Hádes cá voltar ". Após uma piada seca sobre o culto dessa pessoa ao Deus Grego da Morte e do Sub-mundo, corrijo de uma forma subtil e deixo a conversa prosseguir. Claro que nunca se ficam por uma correcção amigável, e resmungam logo " Epá, desculpa lá se a menininha não consegue deixar passar um erro minúsculo". O que essas pessoas não percebem, é que eu estou apenas a tentar ajudar. Já dizia o professor que os amigos não deixam copiar, simplesmente ajudam a fazer os trabalhos de casa. Embora nunca tenha respeitado essa filosofia de sala de aula ( principalmente por ser eu que não fazia os trabalhos), tento agora redimir-me. Mas vocês não me deixam. Têm que me vexar, quando vocês é que deviam ser vexados. Mas vexanços à parte, acho que tenho todo o direito de corrigir um amigo quando ele dá um biqueiro nas costas da gramática portuguesa. Afinal de contas, fazem o mesmo sempre que faço erros ortográficos num post. Hádem de cá voltar, vocês.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 23:59 | link do post

 O futebol está de facto numa fase repleta de jogos e notícias excitantes, o que nos dá mais do que um tema de discussão no balneário. Esta é das melhores fases da época, em que tudo está em aberto e não há vencedores certos. O FC Porto lidera a tabela com três pontos de diferença do clube Jesuano, que joga hoje contra o Marítimo. Se tudo correr bem, o bom e velho Benfas contiunará afastado do Invicto. Infelizmente,  até eu consigo admitir que é pouco provável que o jogo da taça de Portugal se repita. Mas tento sempre ter fé. Para além disso, a história do Man United estar interessado no Gaitan e no Javi deve dar um bom abanão na moral da equipa. E que mais posso eu querer? Que o Porto ganhe 2-1 ao Marítimo? Ah, pois é. isso já aconteceu.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 17:36 | link do post

Quem é que não gosta de jantares de família? Essa ocasião tão bonita, em que todos os membros existentes da árvore genealógica se juntam para comer a comida da avó e contar mexericos sobre outras famílias. É claro que esta refeição supostamente harmoniosa acaba sempre mal, visto que toda a gente vai para casa com uma pesada culpa por ter comido uma(s) fatia(s) de bolo de chocolate de tamanho colossal. Mas o que mais me espanta neste evento é a capacidade de meter 30 pessoas  numa mesa de 7 que o anfitrião tem. Infelizmente, se fizerem parte de uma família grande, quando uma mesa não chega, duas têm que ser feitas: a mesa dos adultos e a mesa das crianças. Escusado será dizer a qual delas eu pertenço.

 Ao contrário de crenças populares, a mesa infantil é bem mais deprimente que a adulta. O membro mais velho passa o jantar todo a dizer como aquilo é " injusto" e como ele já está farto de estar rodeado de "putos". Depois temos o membro mais novo, que saí repetidamente da mesa para perguntar à mãe se já pode ir ver o Ruca. O membro social, que consegue impecavelmente comer ao mesmo tempo que manda mensagens. O membro saudável que nos diz para não pormos tanta maionese que depois ficamos como aquelas pessoas da televisão. O futebolista, geralmente o segundo mais novo da mesa, que faz coisas repugnantes com a comida após nos pontapear debaixo da mesa de forma a chamar a nossa atenção. Finalmente, temos o Moderador. O Moderador tenta manter a conversa interessante, fazendo com que o social desvie o olhar do telemóvel, o futebolista pare de pontapear e o saudável se cale com as calorias das fatias colossais de bolo. Isto tudo para abafar os risos histéricos da mesa dos "grandes". Um dia estarei nessa mesa, mas até lá, fico-me por fazer o que faço melhor: distribuir pontapés.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 22:11 | link do post

 Nem todos temos a sorte de nos sentirmos importantes todos os dias. Claro que o facto de sabermos que há alguém em piores condições que nós ajuda a sentirmo-nos  sortudos, mas não propriamente importantes. A família também não conta. Sermos importantes é como sermos bonitos no que toca à família. Até podemos ter a cara mais horrível do mundo ( que decerto não é o vosso caso), mas no final de contas seremos sempre " os meninos lindinhos da mãe". Eu estou a falar de ser importante à séria, de sentirmos que alguém nos respeita, quer goste disso ou não. E digo-vos uma coisa: na adolescência este fenómeno não é muito comum. Porém, depois de levarmos com todo o sofrimento que vem com a idade ( a cedência de lugar no eléctrico, a ultrapassagem de mais velhos nas filas, etc) de vez em quando, há um momento em que nos sentimos realmente importantes. "Senhor Sebastião chamado à sala de operações". Só por este breve chamamento, quase que compensa ter que ser operado.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 18:50 | link do post

O Futebol sempre foi (e ainda é) um desporto dominado pelos homens. As mulheres não percebem o sofrimento que um homem sente quando um avançado falha o golo, quando o adversário marca, quando o nosso clube perde contra equipas miseráveis como por exemplo, sei lá,  a ACADÉMICA. Percebem um pouco melhor a alegria da conquista da jornada. Pois aí o marido, na sua total euforia, leva a sua mulher a um restaurante melhorzito em vez de irem mais uma vez ao Mcdonald's. Mas a principal razão pela qual o futebol é dominado pelos homens não é por este sofrimento. Nem pela alegria. Nem pelo contacto físico que o desporto envolve. É pela alegada "complexidade" do jogo. "Não percebo nada disto do fora-de-jogo. Ele passa a bola ao homem à sua frente e o árbitro apita o seu apitozinho. Acontece imensas vezes no jogo e ele aí já não apita." Não vale a pena explicar. Elas também não têm muito interesse em saber. Após comentários destes, desatam logo a falar de outras coisas. E talvez isso também seja uma diferença importante. Os homens conseguem de falar SÓ de futebol durante várias horas. Elas quando finalmente decoraram toda colecção Outono-Inverno da Zara, já estão fatigadas com o assunto. Segue-se o catálogo da Bershka.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 20:38 | link do post

 Fui enganado. Eu sei, eu sei. "Olha que já fomos todos, rapaz!", mas desta vez é diferente. Já me devia ter apercebido deste erro há mais tempo, estava escondido à vista de todos, mas eu estava cego com ego. Esta minha decisão começou há 7 anos e, o  que começou por ser uma brincadeira, chegou a ser das conclusões mais deprimentes que já cheguei na minha vida de década e meia. Senhoras e Senhores: tocar guitarra não traz raparigas.

 Consigo ver pela vossa expressão que estão quase tão chocados como eu. Mas temo que seja verdade. Aquele mito do "tocas guitarra és imediatamente mais atraente do que o normal" está completamente reprovado. Já me foi dito ( mais do que uma vez ) que eu com ou sem guitarra continuou sempre física e socialmente repulsivo. Só se uma pessoa tiver uns quilinhos a mais é que o instrumento ajuda a esconder essa característica ao tapar a barriga; infelizmente esta ilusão é automaticamente destruída quando pousamos o dito instrumento. 

 Já tentei também, mais do que uma vez, fazer com que pessoas se juntassem à minha volta, naquela típica imagem do guitarrista rodeado de gente alegre a cantar o "It's a wild world " em perfeita sintonia e afinação. Mas isto não costuma ser bem assim. Sei bem que enquanto a rapaziada prefere uma coisa mais acelerada e pesada, Black Sabbath por exemplo, o feminino opta por um " Ziggy Stardust ". Com certeza que já devem ter percebido qual dos grupos é que eu estou mais interessado em agradar. Mas quando se juntam estes dois sexos, vejo-me obrigado a tocar o último sucesso comercial, que infelizmente faz com que pares sejam formados Ou seja em vez de estar eu a roçar-me furiosamente a uma rapariga, está o Zé a pedir-me baixinho:

      - Toca aí o " Aí se eu te pego " outra vez. Mais um bocadinho e estou eu a pegar-lhe no quarto ao lado!

 Como qualquer pessoa civilizada, levanto-me calmamente,faço uma vénia,  e parto a guitarra redonda no chão. Digamos que costumo ser um gajo mais Black Sabbath do que David Bowie.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 01:04 | link do post

Música, Dança, Pintura, Escultura, Teatro, Literatura e Cinema. Estas são as sete artes. É uma coisa que fica sempre bem dizer: " Eu sou um eterno escravo da 7º arte" por exemplo. Mas o que realmente são as 7 artes? Na realidade, são apenas sete coisas giras. Mas existe outra coisa ( igualmente gira) que não é considerada uma das sete artes. É óbvio que não irei revelar já nesta linha qual é, por isso, se estiverem com pressa, saltem umas quantas e apressem-se para o vosso compromisso. Continuando, esta arte é mais utilizada na América ( como tudo ) do que em qualquer outro lado. Se me perguntassem, eu diria que o mestre desta arte é um artista pouco conhecido e pouco ambicioso que dá pelo nome de Morgan Freeman. Ele conseguiu inserir muito bem esta arte num filme pouco famoso e pouco prestigiado que dá pelo nome de Shawshank Redemption. Mas, na verdade esta arte também está a ganhar importância no nosso país. E se me perguntassem qual é o artista que melhor representa esta arte eu teria que dizer Nuno Markl. Pois o que realmente interessa nesta arte são duas coisas: a voz e a dicção. Porque esta elegante arte não é para um homem qualquer. É para alguém que saiba realmente Narrar. E desafio qualquer um a narrar realmente bem, um acontecimento qualquer. Pois é. Só eu te percebo Nuno.

publicado por Sebastião Marques Lopes às 22:00 | link do post

A melhor frase que uma pessoa pode dizer em todo a sua vida é: “Hoje aprendi uma coisa”. E, posso dizer seguramente, que hoje aprendi uma coisa. Seguramente não digo, mais digo com uma convicção moderada.

Quando eu leio um jornal, devem calcular que não o costumo ler todo. Aliás, com sorte leio quatro artigos por jornal. E se forem quatro, os títulos têm de ser uma variação destes:

“ FC Porto mais uma vez campeão”

“ Casablanca 2 promete não desapontar”

“ Filho de ( preencher com nome de celebridade) em centro de reabilitação”

“ Utilizadores de downloads ilegais denunciados em Janeiro”

Se não for nada disto, existe uma grande probabilidade de que eu vire a página rapidamente. Então, lá estava eu a ler o Diário, até que me aparece uma manchete assim “ Pensionistas vão receber menos 2,25 a 3.5 por cento “. Passo a página e aparece-me isto “ TAP estima prejuízo de 2.5 ME “. Passo, passo, passo e só me aparecem cálculos, percentagens e estimativas. Não só sobre a crise, mas sobre tudo. “ 50 % dos jovens...”, “ 500 crianças...”, “ Um em cada dez habitantes...” .... Pelos vistos é fácil ser jornalista. Um tipo arranja uma história, e enche 3000 caracteres com números. Uma coisa deste género:

Um em cada cinco pessoas prefere coca-cola a Pepsi. Mais de 5 milhões de portugueses já beberam mais de mil latas desde o seu nascimento. Daqui a 30 anos, aquela Universidade que tem sempre percentagens sobre tudo prevê que mais de 37% da população, continuará a beber refrigerantes apesar do seu prejuízo para a saúde.

Provavelmente podem estar a dizer que não é assim tão fácil, que os jornalistas são trabalhadores sérios e posso vos dizer uma coisa: têm toda a razão. Mas respondam-me sinceramente a isto: Vocês leriam o artigo da coca-cola, ou não?

publicado por Sebastião Marques Lopes às 21:06 | link do post
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