Nem todos temos a sorte de nos sentirmos importantes todos os dias. Claro que o facto de sabermos que há alguém em piores condições que nós ajuda a sentirmo-nos sortudos, mas não propriamente importantes. A família também não conta. Sermos importantes é como sermos bonitos no que toca à família. Até podemos ter a cara mais horrível do mundo ( que decerto não é o vosso caso), mas no final de contas seremos sempre " os meninos lindinhos da mãe". Eu estou a falar de ser importante à séria, de sentirmos que alguém nos respeita, quer goste disso ou não. E digo-vos uma coisa: na adolescência este fenómeno não é muito comum. Porém, depois de levarmos com todo o sofrimento que vem com a idade ( a cedência de lugar no eléctrico, a ultrapassagem de mais velhos nas filas, etc) de vez em quando, há um momento em que nos sentimos realmente importantes. "Senhor Sebastião chamado à sala de operações". Só por este breve chamamento, quase que compensa ter que ser operado.